Falando sobre tudo

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terça-feira, 31 de julho de 2012

Lésbica tenta matar namorada

                                       



Lésbica agride e tenta matar namorada



Sempre que bebia, ‘Ana', de 44 anos, ficava descontrolada e agredia a namorada, de 47. A relação durou 17 anos. ‘Inês' foi espancada a murro e pontapé durante quase duas décadas, na casa onde viviam, numa freguesia de Matosinhos. Há dois meses, ‘Ana' tentou matar a companheira, depois de a ter espancado na rua com um taco de basebol. A agressora está acusada de um crime de violência doméstica e vai ser julgada no Tribunal de Matosinhos em Junho próximo.
Os ciúmes tomaram conta de ‘Ana', que começou a desconfiar de que a companheira a traía. Em Novembro de 2011, após mais uma violenta discussão, saiu de casa. Reapareceu em Janeiro último, na madrugada de dia 2, e surpreendeu ‘Inês', na cama. "Alcoolizada, entrou no quarto e pensando que aquela estava a dormir, tentou asfixiá-la com uma almofada", lê-se na acusação do Ministério Público, que o CM consultou. Com o casal vivia um sobrinho da vítima, de 20 anos, que por várias vezes tentou ajudar a tia a refugiar-se das agressões. Também vivia com medo da agressora.
DORMIAM EM CAMAS SEPARADAS
Inês' tinha medo da agressividade de ‘Ana' e já há dois anos que não dormiam na mesma cama. O facto terá adensado ainda mais os ciúmes de ‘Ana'.
Numa das discussões, ‘Inês' ainda tentou pedir socorro através do telefone, mas ‘Ana' arrancou o fio do aparelho da parede, sovou-a e atirou-a contra a parede. Depois dirigiu-se ao carro da namorada e esvaziou--lhe os pneus, impedindo que fugisse. Na acusação, o sobrinho da vítima refere que a tia andava constantemente com nódoas negras nos braços.

domingo, 29 de julho de 2012



Mãe de estudante descobre que filha é lésbica e agride namorada da jovem em shopping da Serra


TV Vitória
Redação Folha Vitória



Duas jovens denunciam que foram agredidas pela mãe de uma delas dentro de um shopping da Serra. A estudante, que prefere não ser identificada com medo de mais uma reação violenta da família, diz que tudo aconteceu depois que a mãe descobriu que a ela é lésbica.
A jovem namora uma gerente comercial há um mês. As duas estavam comprando presentes para o Dia das Mães quando foram agredidas. A mulher conta como se sentiu ao ser atacada pela mãe da namorada. "Empurrões, muitas pegadas pelo pescoço... Fui arremessada para uma das vitrines da loja onde trabalho. Fui exposta e ridicularizada na frente de várias pessoas. São pessoas que sabem muito bem quem eu sou em termos de caráter", explicou.

Um jovem que trabalha na loja conta que tentou separar a briga, mas que acabou sendo agredido fisicamente. Ele é homossexual e diz que também foi ofendido com palavras preconceituosas. "Ela me empurrou e começou a me xingar. Eu sou uma pessoa de bem, trabalho e sou honesto. Sou igual a todas as pessoas", argumentou.
Depois da agressão física e verbal, a jovem procurou a Delegacia de Laranjeiras e registrou o boletim de ocorrência. Logo em seguida, ela foi até a casa da namorada e lá teria sofrido mais uma situação de  preconceito, dessa vez por parte dos próprios policiais.
Abaladas emocionalmente, as jovens permanecem unidas mesmo depois das ameaças que disseram receber. "O amor não está presente na violência", declarou uma delas.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Justiça oficia casamento lésbico em Brasilia


Extraído de: Estadão  - 28 de Junho de 2011



BRASILIA REALIZA :
PRIMEIRO CASAMENTO LÉSBICO DO PAÍS

                  

Conversão da união estável em 
casamento é um passo a frente 
na decisão do Supremo Tribunal 
Federal
BRASÍLIA - 
Sílvia Gomide e Cláudia Gurgel tornaram-se 
ontem as primeiras mulheres formalmente 
casadas do País. 
Juntas desde 20/02/2000, as duas 
conseguiram converter a união estável em 
casamento por decisão da juíza Júnia
 de Souza Antunes, da 4ª Vara de Família 
do Distrito Federal. Sílvia Gomide, agora 
formalmente casada, passará a usar
 também o sobrenome Gurgel.
Com a decisão de ontem, já são dois os
 casamentos entre homossexuais no país


A conversão da união estável em casamento
 é um passo a frente na decisão do Supremo
 Tribunal Federal (STF). Agora, adianta 
Maria Berenice Dias, advogada de Sílvia 
e Cláudia, o próximo passo pode ser o 
casamento direto, sem que os homossexuais
 tenham de pedir a conversão da união 
homoafetiva em casamento, como ocorreu 
nos dois casos. "O caminho a partir de agora 
é esse", afirmou.


"Com a decisão prolatada, o Supremo 
Tribunal Federal aboliu qualquer interpretação
 que pretendesse diferenciar as relações 
homoafetivas das heteroafetivas, ressaltando 
que o instituto da família abrange e protege 
ambas e, em consequência, conclui que é 
mesmos moldes em que ocorre a 
uniãoestável heteroafetiva", afirmou.
Sílvia e Cláudia vivem no mesmo
 apartamento, comprado em conjunto, 
já firmaram testamentos tendo uma como
outra nos plenos de aposentadoria e de
 Saúde do Senado.

Pecado da Carne

O PECADO DA CARNE







FICHA TÉCNICA


Diretor: Haim Tabakman
Elenco: Zohar Shtrauss, Ran Danker, Tinkerbell, Tzahi Grad, Isaac Sharry, Avi Grainik.
Produção: David C. Barrot, Rafael Katz
Roteiro: Merav Doster
Fotografia: Axel Schneppat
Trilha Sonora: Nathaniel Méchaly
Duração: 91 min.
Ano: 2009
País: Isreal/ Alemanha/ França
Gênero: Drama





Meah Shearim, bairro ultra-ortodoxo de Jerusalém. Nele vive Aaron Fleishman (Zohar Shtrauss), pai de quatro filhos e administrador do negócio da família, um açougue kosher herdado após a morte do pai. Aaron leva uma vida bastante regrada, o que muda ao conhecer o estudante Ezri (Ran Danker). Eles passam cada vez mais tempo juntos, o que faz com que Aaron seja discriminado pela comunidade local.



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Primeiro casamento Lésbico no Brasil





  1. Aconteceu nessa terça-feira, 28 de Junho, o primeiro casamento civil entre duas mulheres no Brasil. A cerimônia foi em Brasília, onde a juíza Júnia de Souza Antunes, da 4ª Vara de Família, converteu a união estável homoafetiva das noivas Sílvia del Vale Gomide Gurgel e Cláudia Helena de Oliveira Gurgel em casamento. A decisão aconteceu um dia após o primeiro casamento entre dois homens realizado em Jacareí (SP).



Agora as esposas Sílvia e Cláudia, que vivem juntas há 11 anos, ganharam cidadania e desfrutam de todos os direitos legais oferecidos aos casais homossexuais de acordo com a nova lei de união homoafetiva definida pelo STF.
A ação foi advogada por Maria Berenice Dias, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), que comemorou a decisão alegando acreditar que a lei não tem motivos para deixar de atender aos sonhos e desejos das pessoas.

Toda a equipe do Sapatômica também comemora o acontecimento. Ficamos muito felizes em sermos testemunhas de tal acontecimento. Isso nos dá cada vez mais esperança de que um dia possamos olhar para trás e sorrir contentes com os direitos conquistados. Quem sabe olhar para nossos(as) filhos(as) e contar a história de como nós homossexuais conquistamos nosso espaço na sociedade para poder criá-los com amor, liberdade e direitos.
Obrigada a lei brasileira por nos proporcionar essa felicidade!


Justiça oficia casamento lesbico em Sao Bernardo do Campo


SÃO PAULO TEM O PRIMEIRO CASAMENTO LESBICO


                                 




A Justiça de São Paulo homologou no último dia 7 a conversão de união estável em casamento entre duas mulheres. A decisão da comarca de São Bernardo do Campo foi a primeira união desse tipo entre pessoas do sexo feminino no Estado de São Paulo. Por vontade do casal, elas continuarão a utilizar os seus nomes de solteira. O regime é de comunhão parcial de bens.

As mulheres protocolaram a solicitação em que afirmavam viver em união estável há sete anos.
O Ministério Público se manifestou contrariamente ao pedido, mas a Justiça decidiu pela validação do casamento.
A decisão levou em conta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deste ano, que reconheceu a união homoafetiva. (Agência Estado)
***

Justiça oficia casamento lesbico em MG


                                               
             

domingo, 15 de julho de 2012 

Cidade de MG autoriza casamento gay


Justiça de Santa Rita do Sapucaí autorizou os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo; primeiro deles será entre duas mulheres


A Justiça mineira autorizou a realização casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, na cidade de Santa Rita do Sapucaí, no sul do Estado.


A decisão partiu do questionamento de um tabelião local sobre o procedimento que deveria ser adotado em relação aos pedidos de união homoafetiva. Duas mulheres, de 51 e 30 anos, juntas há 11, serão as primeiras a casar na cidade.



Com a decisão, os moradores homossexuais de Santa Rita do Sapucaí e de São Sebastião da Bela Vista - cidades que integram a comarca - que desejarem oficializar seus relacionamentos podem procurar o cartório, sem que seja necessário buscar uma autorização da Justiça.   

Segundo José Henrique Mallmann, diretor do Foro, o Código Civil e a sociedade não poderiam deixar de transformar os aspectos familiares como um todo, abandonando-se o conceito arcaico e tradicional de entidade familiar formada apenas pelo homem e pela mulher. 

O juiz disse, ainda, que a família é onde se encontra o sonho de felicidade, e a Justiça precisa estar atenta a isso. 

Justiça oficia casamento lesbico no ABC


quinta-feira, 14 de julho de 2011 


Justiça oficializa casamento lésbico no ABC


Esta foi a primeira união homossexual oficializada na região

                                


O Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou ontem a oficialização do primeiro casamento homossexual do ABC e segundo do Estado. De acordo com o órgão, o pedido foi feito por duas mulheres de São Bernardo que afirmaram viver em união estável há sete anos e optaram pela comunhão parcial de bens. 

O Ministério Público se manifestou contrariamente ao pedido. Mesmo assim, o TJ aceitou a oficialização com base na decisão do Supremo Tribunal Federal de maio que reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo. “Por derradeiro, repita-se que o comando emanado pelo E. Supremo Federal é claro: à união estável entre as pessoas do mesmo sexo devem ser aplicadas as mesmas regras e consequências da união estável heteroafetiva”, diz a decisão.


O primeiro casamento entre duas mulheres no país foi oficializado no dia 27 de junho, no Distrito Federal. Já Luiz André de Rezende Moresi, 37 anos, e José Sérgio Santos de Sousa, 29, de Jacareí, foram os primeiros homossexuais a se beneficiar da decisão do Supremo no Brasil.

Desejos proibidos


                      DESEJOS PROIBIDOS





FICHA TÉCNICA




Título no Brasil:  Desejo Proibido
Título Original:  If These Walls Could Talk 2
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 96 minutos




Três historias de luta, rejeição e aceitação. O preconceito sofrido dentro e fora do mundo homossexual. O filme conta três historias diferentes, em épocas diferentes. Nos mostra assim, como as coisas mudam, ao longo dos anos e como podem mudar, no futuro.


A primeira historia mostra uma linda união, por 50 anos, regada de muito amor, aonde dividiam a vida, a casa, a cama e os momentos felizes. Constuiram patrimônio juntas; Abby e Edith foram felizes por 50 anos, até que Abby sofre um acidente deixando Edith sozinha para enfrentar, além da dor da perda e com ela a impossibilidade da luta real pelos seus direitos.


A segunda, conta historia de quatro amigas que fundam um grupo feminista na faculdadee acabam sendo expulsas por serem lésbicas. Resolvem conhecer um bar gay e lá encontram androgenas ( vestimenta masculina) e não aceitam, por acharem que não lutam pelos direitos femininos. Linda conhece Amy ( andrógena), se apaixona e sofre preconceito das três amigas, pois Amy se veste de forma masculina.


A terceira história é de Kal e Fran, que enfretam a dificuldade de ter um filho, no banco de esperma 





Toque de Veludo


TOQUE DE VELUDO



FICHA TÉCNICA

Drama, Romance /
 Duração: 2h:58m / 
Produção: Inglaterra /
 Direção: Geoffrey Sax 
Elenco: Rachael Stirling, Keeley Hawes, Anna Chancellor, Jodhi May


Um romance irreverente, sensual e multifacetado, cuja acção se desenrola na Inglaterra vitoriana. Toque de Veludo acompanha a carreira fulgurante de Nan King - a rapariga humilde que se transformou em vedeta do music-hall e que, após um percurso dissoluto, se redescobre como lésbica no East End.




quarta-feira, 25 de julho de 2012

Lisbela e o Prisioneiro

LISBELA E O PRISIONEIRO


Lisbela e o Prisioneiro



FICHA TÉCNICA

Filme Brasileiro
Duração: 1h e 50 min
Direção: Guel Arraes
Atores:
Marco Nanini
Selton Mello
Heloisa Périssé
e outros





Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).









Monster

    MONSTER



FICHA TÉCNICA


109 min -  


Bibliografia, Crime, Drama
Direção: Patty Jenkins
Atores:
Charlize Theror

Christina Ricci
Bruce






Um conto escuro baseado na história real de Aileen Wuornos, uma das primeiras mulheres da América serial killers. Wuornos teve uma infância difícil e cruel atormentado por abuso e uso de drogas no Michigan. Ela se tornou uma prostituta até a idade de 13, no mesmo ano ela ficou grávida. Ela acabou se mudando para a Flórida, onde começou a ganhar a vida como prostituta rodovia - manutenção dos desejos de semi-condutores de caminhões. O conto centra-se no período de nove meses entre 1989 e 1990, durante o qual Wuornos teve uma relação lésbica com uma mulher chamada Selby. E durante esse tempo mesmo, ela também começou a assassinar seus clientes, a fim de obter dinheiro sem o uso de sexo. Este virou o jogo em um fenômeno bastante comum de prostitutas de estrada do sexo feminino, sendo as vítimas de assassinos em série - em vez Wuornos, ela mesma, realizou as ações de um assassino de sangue frio. 





sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Chance da minha vida


              A CHANCE DA MINHA VIDA






FICHA TÉCNICA



  • La Chance de Ma Vie

  • Gênero: Comédia e Romance
  • Duração: 87 min.
  • Origem: França e Bélgica
  • Estreia em DVD: 10/10/2011
  • Direção: Nicolas Cuche
  • Roteiro: Luc Bossi e Laurent Turner
  • Distribuidora: Califórnia Filmes
  • Censura: 14 anos
  • Ano: 2010




Julien tem um grave problema. Apesar de ser um brilhante assessor matrimonial, é incapaz de ter uma relação que dure mais de 15 dias. Ele é um autêntico mau agouro para as mulheres. E não é um desses que dão um pouquinho de má sorte, não. Seus maus agouros as mandam para o hospital, fazem perder o emprego e os amigos… Julien é o pior dos piores para as mulheres e Joana não tardará a se dar conta disso quanto seus caminhos se cruzarem.




domingo, 15 de julho de 2012

Com quem fica a guarda?



Ex-casal de lésbicas disputa a guarda do filho na Justiça em São Paulo




Uma polêmica dos tempos modernos: um casal de lésbicas tem um filho: uma doou o óvulo, e a outra engravidou. Agora, elas se separaram. Com quem fica a criança?


O que a Justiça determina quando as mulheres envolvidas formam um casal? Em São Paulo, duas lésbicas, que tiveram um filho juntas, agora brigam pela guarda da criança. Afinal, quem é a mãe nesse caso? 


O quarto decorado, os brinquedos: tudo na casa lembra uma criança, fruto de uma relação entre duas mulheres. O casamento delas durou oito anos. No terceiro ano em que elas estavam juntas, decidiram ter um filho. 

Fantástico: Qual acordo vocês fizeram? 
Mulher: Eu entraria com o óvulo, com o material genético, e ela gestaria essa criança. E seria o nosso filho, o filho de ambas. 
Fantástico: Vocês pensaram naquele momento que um dia vocês poderiam se separar? 
Mulher: A partir do momento da gestação, a gente já ia entrar com pedido de registro de dupla maternidade. Coisa que não existia na época ainda. 
Fantástico: Vocês chegaram a fazer esse pedido? 
Mulher: Não, porque, quando a gestação se tornou real, ela mudou de ideia. Ela dizia que achava que ele seria descriminado, que ele sofreria preconceito na rua, e que por isso ela não queria mais fazer a dupla maternidade. 

Ao nascer, o bebê foi registrado com o nome da mãe que deu a luz e o pai desconhecido. 

Fantástico: Depois que o filho nasceu, quanto tempo depois vocês se separaram? 
Mulher: Três anos depois. E passei a ter dificuldade de vê-lo. Não deixava eu chegar até o apartamento. Ela não deixava, ela não atendia o telefone. Eu ia até o prédio onde eles moravam, tocava a campainha e ela não abria a porta. 
Fantástico: O que ela alega para não te deixar ver a criança? 
Mulher: Ela olha para mim e fala: ‘Você não está entendendo o que está acontecendo. Você é só uma visita dele. Você não é nada dele'. 
Fantástico: O que você quer hoje? 
Mulher: Hoje eu quero a reversão de guarda. Hoje, eu quero ele para mim. 

Nós tentamos falar com a ex-companheira dela, mas ela não quis dar entrevista. 

Fantástico: O que a lei diz objetivamente hoje sobre a situação das duas? Da que é dona do óvulo e da que é dona da barriga? 
Patricia Panisa, advogada: A lei não diz. Especificamente para o caso dela, a lei não diz. 
Fantástico: Não existe nada na lei. 
Patricia Panisa, advogada: Especificamente, não. 
Fantástico: O que falta na verdade é a lei se adequar à essas novas famílias que estão se formando? Homoafetivas? 
Patricia Panisa, advogada: Falta regulamentação específica. Mas ausência de regulamentação específica não é impedimento para que se reconheça hoje, já. 

“Nós não temos nada na nossa legislação brasileira que fale sobre a reprodução assistida. Só tem mesmo a nossa resolução que ela atua exclusivamente eticamente e não juridicamente”, afirma Hiran Galo, coordenador de Reprodução Assistida do Conselho Federal de Medicina. 

Cada vez mais essas novas famílias vêm se formando, e a discussão sobre quem é a mãe, se é a dona do óvulo ou a dona da barriga, já está até na novela. Na trama de “Fina Estampa”, a médica Danielle usa um óvulo doado por Beatriz para gerar o filho de Ester. 

O assunto divide a opinião dos telespectadores e até próprias atrizes. “Eu acho que a Vitória tem que ficar com a Bia. Eu acho não, eu tenho certeza. O fato de você ser mãe biológica, os códigos genéticos são seus”, declara a Monique Alfradique. 

“Dou toda a razão para ela, mas também dou toda a razão para a Ester, que não tem nada a ver com isso. Ela pagou aquele tratamento, ela quis aquele filho, e aquilo é dela”, defende Júlia Lemmertz. 

No caso da novela, o destino da criança está nas mãos do autor, Aguinaldo Silva. “Eu queria discutir exatamente essa coisa de como a família vai se transformando às custas do progresso da ciência, mas continua sendo a mesma família de sempre”, diz o autor. 

Na vida real, hoje, vários casais homoafetivos disputam na Justiça a guarda de crianças. 

Fantástico: Qual é a orientação que você daria para mulheres que vivem hoje essa mesma situação? 
Patricia Panisa, advogada: Teve a criança? Já promove a ação, a ação para reconhecer a dupla maternidade. 

Foi o que fez um casal de mulheres com seus filhos gêmeos. Eduardo e da Ana Kalil Tito são filhos de Munira Kalil e Adriana Tito e têm duas certidões de nascimento. 

Fantástico: Todo mundo no primeiro momento estranha? 
Munira Khalil, mãe: Para começar no cartório, na hora de registrar as crianças, o pessoal falou 'nossa, vou pedir até um dia para vocês para gente poder mudar o sistema aqui, porque está pai e mãe'. 
Adriana Tito, mãe: Ou então quando estão as duas, perguntam ‘quem é a mãe?’ As duas. ‘A mãe que está na certidão?’ As duas. ‘E a mãe de barriga?’. Então, fui eu. Mas ela é mãe de óvulo 
Munira Khalil, mãe: O ovulo é meu. 

Fantástico: Quantas vezes vocês ouviram não da Justiça para a dupla maternidade? 
Adriana: Cinco vezes. 
Fantástico: Alegando? 
Adriana: Alegaram muitos absurdos para falar a verdade. Aí no dia 3 de janeiro de 2011, a gente recebe a ligação: ‘o juiz julgou, ganhamos’. Era advogada chorando, a gente chorando, todo mundo chorando. Parece que as pessoas estão mais sensíveis a essa relação, a essas famílias diferentes. 
Fantástico: Isso foi muito importante para vocês? 
Munira: Muito demais. 
Adriana: É muito importante. 

Fantástico: Quem é realmente a mãe, de direito? Quem gera ou quem doou o óvulo? 
Adriana: Acho que a mãe que gerou, porque ela ficou nove meses com a criança na barriga. Ela amamentou, passou todas as dores do parto. E também sem o óvulo não acontece nada disso. 
Fantástico: Munira, você concorda com ela? 
Munira: Vi que nessa eu rodei. Algo que a gente vai pensar agora. Mas nunca ia tirar dela. E acho que ela também nunca faria isso comigo. 
Adriana: Nunca, jamais. 
Fantástico: Pelos filhos? 
Adriana: Pelos filhos e pela vida que nós temos. O respeito é acima de tudo. Filhos são para sempre. 

O caso de Munira e Adriana foi o primeiro naJustiça e abriu precedente para outros casais também conseguirem a dupla maternidade. 




Fantástico: Você quer lutar pelo direito de ser mãe? 
Mulher: Eu quero ser mãe. Eu já sou mãe nos cuidados. Agora, eu quero ser mãe legal, legítima. Eu quero exercer esse direito legalmente, porque ele tem orgulho de mim, e eu quero meu filho junto comigo.