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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pai e Filho confundidos com GAY


Pai e filho confundidos com GAY

PAI E FILHO CONFUNDIDOS COM GAY SÃO AGREDIDOS


Um grupo de sete jovens espancou pai e filho na
madrugada de sexta-feira (15), em um centro de 
exposições de São João da Boa Vista, no interior
de São Paulo. Os criminosos confundiram os dois
com  um  casal  homossexual,   porque  estavam 
abraçados. O pai de 42 anos,que preferiu não se
 identificar, teve metade da orelha decepada por 
mordidas. Ele decidiu prestar queixa e falar sobre 
o caso somente nesta segunda. “Na hora que eu 
acordei,  as pessoas diziam que eu estava sem a 
orelha”,disse. O filho, 18 anos, também preferiu o 
sigilo.A polícia ainda não identificou os agressores. 
Homofobia, que é a aversão a homosexuais, ainda
 não consta como crime no Código Penal brasileiro,
 mas, além da agressão, os jovens também podem
 responder por discriminação. Informações do G1.
www.bahianoticias.com.br



O pai perde parte da Orelha


  A Polícia Civil de São João da Boa Vista ( SP ) 
investiga   a  agressão  contra   dois  homens, 
pai e filho, que teriam sido confundidos por 
criminosos com um casal gay. O caso ocorreu
 no fim de semana, durante uma feira agropecuária
 da cidade. O homem de 42 anos perdeu boa parte
 da orelha direita. O rapaz de 18 anos foi 
encaminhado ao hospital, mas já foi liberado.
Segundo a polícia, os dois estavam abraçados 
quando integrantes de um grupo de sete jovens
 perguntaram se eles eram gays. Diante da 
negativa, o grupo saiu, mas retornou e começou
 a espanca-los. Os agressores ainda não foram
 identificados.
A organização da feira informou que vai colaborar
 com as investigações e que, no momento em que 
ela ocorreu, pelo menos 150 seguranças e policiais 
militares patrulhavam o evento.
Um homem de 42 anos e seu filho foram agredidos por sete homens; o pai teve parte da orelha decepada


Depois que vi que não deu em nada e que eles
continuam soltos, fiquei com medo de sair da rua.
Espero que seja feita Justiça. Porque se ninguém 
for punido, o pessoal vai achar que pode sair na
 rua espancando e arrancando a orelha de quem quiser.”
Ainda traumatizado e com receio de sair na rua,
 o autônomo de 42 anos que teve parte da orelha
 decepada e foi espancado na última sexta-feira por 
um grupo de jovens só porque estava abraçado ao
filho de 18 anos disse nesta quarta-feira ao 
UOL Notícias que terá de fazer “três ou quatro cirurgias”
se quiser reconstituir a orelha direita.
As agressões ocorreram na madrugada de sexta-feira 
 na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial e 
Comercial), que acontece em São João da Boa Vista .

Ele e o filho foram agredidos por cerca de sete jovens 
que acharam que eles fossem um casal gay. 
“Isso tudo aconteceu porque acharam que a gente
 era gay. E se fossemos gay? Qual o problema? 
Antes de nos agredir, eles ficavam provocando e 
falavam para a gente se beijar na boca”, disse o pai,
 que pediu para não ter o nome revelado por temer represália. 
O pai realizou exames nesta manhã no Hospital de 
Clínicas de São Paulo e recebeu tratamento. Ele ouviu dos 
médicos que terá de voltar ao hospital em 15 dias para
iniciar o tratamento de reconstituição parcial da orelha.
“Vou ter que fazer umas três ou quatro cirurgias plásticas
e, mesmo assim, os médicos disseram que não vai ficar 
perfeito. Vai ter que tirar um pedaço da cartilagem da 
costela para reconstituir a orelha”, disse ele, alegando 
estar “desanimado” com a situação.
Ele disse estar em dúvida se vai mesmo fazer as
 cirurgias plásticas. “Dá um desânimo ter que viajar para 
São Paulo para fazer o tratamento. Saí de casa
 hoje [quarta-feira] de madrugada para ser atendido. 
Estou perdido, não sei o que fazer. Estou indo para 
São Paulo com meu carro e comprando remédios com o 
dinheiro do bolso. Minha vida virou completamente de 
ponta cabeça”, disse o autônomo.
O pai disse que está sem trabalhar por causa dos 
ferimentos. “Sou autônomo e não tenho como trabalhar.
 Não posso tomar sol e nem pegar poeira. Quando saio 
na rua, todo mundo me para e fica perguntando.”
Ele contou que o filho de 18 anos, que é universitário 
e cursa educação física, está bastante abalado e 
teve ferimentos leves. “Imagina só, ele ficou segurando
 o pedaço da minha orelha em um copo com gelo”, 
disse ele, que tem outros três filhos.
“Meus irmãos, meus filhos e toda a minha família ficou 
abalada com tudo isso. Uma tia minha chegou a
 desmaiar quando ficou sabendo”, disse ele.
O pai disse ainda que os médicos apontaram que
 a orelha foi decepada provavelmente por um objeto
 cortante e disse não ter certeza se foi mesmo uma
 mordida que provocou o ferimento, como foi inicialmente
 divulgado. “Pelo que os médicos falaram pode ter sido 
feito com um estilete ou canivete”, relatou.
“Ainda estou pensando se farei mesmo as cirurgias plásticas. 
No entanto é duro olhar no espelho e ver que está faltando 
um pedaço de seu corpo”.
“O fato de tudo isso ter acontecido foi porque acharam 
que a gente era um casal gay. Espero que todos sejam
 punidos, senão a sensação de impunidade vai 
continuar”, disse ele. “Infelizmente nossa lei é assim. 
Ninguém é punido.”
Identificados
A Polícia Civil identificou ontem dois suspeitos pelo crime.
Um deles foi ouvido ontem e confessou a participação. 
Ele ficou detido por algumas horas na delegacia e foi 
liberado depois que a Justiça não decretou sua prisão 
temporária.
Ele alegou que estava bêbado na hora da agressão.
 Outro suspeito foi identificado pela polícia, mas não 
havia sido localizado.
Os dois suspeitos não tiveram a identidade divulgada
pela polícia e vão responder pelo crime de lesão 
corporal dolosa (quando há intenção de ferir outra pessoa).
 A pena prevista vai de dois a oito anos de prisão, caso
 sejam condenados. Eles podem responder ainda por 
discriminação, segundo a Polícia Civil.
A Justiça não aceitou nesta terça-feira o pedido da polícia
] de prisão temporária para o suspeito sob a alegação de 
que a Lei da Prisão Temporária, nº 7.960, de 21 de
 dezembro de 1989, não prevê este tipo de detenção 
para o crime de lesão corporal. Com isso, os suspeitos 
responderão ao crime em liberdade.
A polícia vai analisar agora as imagens das câmeras do 
circuito interno de vídeo da exposição agropecuária
 para identificar outros agressores.
A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais) divulgou nota nesta quarta-feira 
 repudiando a agressão contra um pai e seu filho durante um
 evento São João da Boa Vista (216 km de São Paulo), na
madrugada da última sexta-feira (15). No episódio, ambos 
foram agredidos por um grupo de homens que confundiram 
os dois com um casal gay. O pai teve parte da orelha decepada.
Está marcada para o próximo domingo (31) a 3ª Parada
 Gay de São João da Boa Vista. Grupos gays preparam um 
protesto pelas ruas da cidade. 

“Este é um caso concreto de violência homofóbica e 
corrobora a triste realidade comprovada por várias pesquisas 
que mostram que em torno de 70% das pessoas LGBT já 
foram discriminadas em algum momento da sua vida e 20% 
já sofreram violência física em função de sua orientação
 sexual e/ou identidade de gênero”, diz a nota da entidade.
A ABGLT pede ainda que o Congresso aprove “o mais rápido
 possível” a lei que criminaliza a homofobia no Brasil.
A Polícia Civil de São João da Boa Vista já identificou dois 
integrantes do grupo –até agora, porém, eles continuam 
em liberdade já que a Justiça negou a prisão de ambos.
Em depoimento na terça-feira (19), um homem de
 25 anos confessou ter participado da agressão, mas 
negou que o motivo tenha sido discriminação sexual. 
O delegado titular do 1º Distrito Policial, Fernando Zucarelli, 
disse que ainda não há data marcada para ouvir o outro 
acusado, de 30 anos.
Os dois não tiveram a identidade divulgada pela polícia e
 vão responder pelo crime de lesão corporal dolosa 
(quando há intenção de ferir outra pessoa). A pena prevista 
vai de dois a oito anos de prisão, caso sejam condenados.
O pai, de 42 anos, e o filho, um estudante de 18 anos, 
estavam abraçados quando foram cercados por sete homens 
e espancados na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial 
e Comercial), que acontece na cidade.
O pai foi espancado e relatou à polícia que a agressão 
começou depois que o grupo passou diante dele e do filho
e questionou se ambos eram gays por estarem abraçados. 
Eles responderam que eram pai e filho e o grupo passou então 
a persegui-los.
Os agressores retornaram alguns minutos depois e os agrediram
 com chutes e socos. O filho teve ferimentos leves e o
 pai precisou ser socorrido no hospital da cidade.
O pai foi ouvido nesta terça-feira pela Polícia Civil. Ele disse
 que não tinha como reconhecer os agressores porque 
desmaiou durante as agressões. Uma testemunha 
também confirmou a agressão em depoimento ao delegado
 Fernando Zucarelli Pinto.
O filho agredido mora em São Paulo, onde estuda. A namorada
 dele estava na festa, mas no momento das agressões havia 
ido ao banheiro e não presenciou o crime, segundo a polícia.
A organização da festa informou que vai colaborar com as 
nvestigações e que ao menos 150 homens faziam a segurança 
do recinto.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e deve
 ouvir mais testemunhas nesta quarta-feira .
asseata já estava marcada antes da agressão. 


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