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domingo, 16 de outubro de 2011

Sexo Tântrico





O sexo tântrico promete noites intensas de prazer por horas e horas. Mas isso é possível? Como sugerir a sua namorada/o que ele/a transe com você por horas sem poder chegar ao orgasmo?

A filosofia
O tantra é uma filosofia que nasceu na Índia há milênios em oposição ao hinduísmo, que é muito rígida. O tantra instituiu o culto ao feminino, à felicidade e à arte de amar. O sexo tântrico faz parte disso tudo e a mulher é o coração do tantra, é considerada uma deusa. Para se familiarizar, Shakti é o nome que se dá a energia feminina. Shiva é a polaridade masculina, a consciência que respeita e reverencia Shakti.

O sexo tântricoO sexo não é praticado com o objetivo final do orgasmo. O interessante é atingir um estado de consciência maior, onde não há separação entre corpo e espírito. Durante o sexo, o casal deve evocar Shakti e Shiva e perceber um ao outro como divindades.


Como o caminho do paraíso para o macho atinge um tipo de prazer chamado "orgasmo cósmico". A mulher se abre para o prazer e é capaz de ter orgasmos múltiplos enquanto acompanha seu parceiro nesse jogo de autocontrole e concentração. Dizem que atingir o nirvana é inevitável.



É possível aprender com os ensinamentos do tantra e encarar o sexo tântrico como um manual de exercícios. A relação sexual vira um verdadeiro encontro do amor e não uma relação sem intimidade ou compromisso.
Preparando o ambiente e o corpo

A preparação do ambiente faz parte do ritual: incensos, flores e música dão um toque especial. A iluminação deve ser feita com velas, nunca no escuro. Tome um banho demorado e escolha a roupa pela textura. Não há preocupação nem ansiedade com o desempenho no sexo.

Se você ainda não tem intimidade com o poder da deusa Shakti, imagine essa energia feminina como uma cobra adormecida na base da coluna vertebral. Quando acordada, ela sobe até o alto da cabeça, nutrindo os chacras da coluna, unindo consciência e prazer. Deve-se praticar uma espécie de meditação a dois, um treinamento físico e espiritual para atingir a consciência suprema.

Prepare o sistema nervoso, pratique posturas, respirações, mantras e visualizações. Revigore o corpo para que seja capaz de sentir, de se emocionar e de pulsar por inteiro. Comece a transformar a relação. Só tenha olhos para o seu namorado, caminhe de mãos dadas, beije-o com ternura, troque carícias. Vocês são criaturas sagradas, e o corpo é um templo.



O sexo tântrico é um ritual de dedicação, cuidado. É amar devagarinho. Se vocês se amam, é uma boa maneira de transcender o comum.



Expansão do ser
Para muitas pessoas a palavra Tantra está associada ao sexo, à busca do prazer e da elevação através dele. Já para o mestre indiano Osho, o verdadeiro Tantra não é uma técnica, “mas o amor; um estado de prece; não é orientado pela cabeça, mas um relaxamento no coração. O verdadeiro Tantra não pode ser escrito; ele precisa ser percebido, sentido, sorvido”. Tantra é um termo sânscrito que tem significados variados. Provém do radical tan, que significa expandir. Apesar da colocação de Osho, encontramos diversas técnicas e abordagens de meditação e massagem tântrica, a promover o relaxamento físico e mental, a concentração, a visualização e a capacidade reflexiva, harmonizando as ondas cerebrais e o sistema nervoso e a levar o indivíduo a encontrar-se consigo próprio. “Trata-se de um processo de transformação que supera os antigos limites impostos para reconstrução do próprio caminho. Assim se ganha mais espontaneidade, mais liberdade para ser você mesmo, ter ferramentas e capacidade para estar em constante evolução”, 

Para o tantra, tocar é conhecer. O toque desperta sensações, estimula, excita, conecta e gera sensações de que não estamos sós. Os estudos sobre recém-nascidos, uns acariciados e outros não, mostram que os primeiros quase não choram, vivem sorridentes, não padecem de enfermidades e são mais vitais; o contrário acontece com aqueles que não foram estimulados pelo toque. A energia viaja pelas mãos, e os braços são a prolongação do coração, suas asas. No exercício do tantra, o tato se estimula a quase todo momento.
Faz parte do ritual tântrico iniciar o sexo com uma contemplação e adoração mútuas, com palavras doces e carícias, fazendo amor com os olhos bem abertos, sem dispersão ou agressividade, sem pressa e com sentimento. Depois das carícias tântricas, o passo a seguir é o sexo tântrico, cujo objetivo principal é prolongar a excitação sexual do casal.
Numa das abordagens medita-se com o auxílio de música para acalmar a mente. É a chamada Nada (som, em sânscrito) Brahma (Deus da criação). Segundo Deva Nishok, do Centro Metamorfose, essa prática simples e resolutiva, é desenvolvida em quatro estágios:
No primeiro: o praticante senta-se confortavelmente em posição ereta e com os olhos fechados. Recita de maneira audível o mantra Hom, longo, de modo a estimular o abdome e o diafragma. Durante 10 minutos o Hom longo é repetido de tal forma que silencia a mente. Ouve-se a ressonância e sente-se que a partir do diafragma o som desce e chega até o primeiro chakra (básico)1. 
Segundo estágio: o praticante faz movimento circular com as mãos, palmas para baixo, olhos fechados, movimento lento, por 5 minutos. Dirige a energia de fora para dentro, para o centro do ser. 
Inverte-se no  terceiro estágio, palmas das mãos para cima, o movimento é de abertura do círculo, de doação, gratidão e celebração para o universo. Por último, deita-se por 5 minutos em silêncio para sentir toda a vibração e energia do entorno.
                                 Meninas, não dispersem suas energias,
        utilizem-nas produtivamente e cuidado com os excessos!



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